12.8.07

O ipê amarelo


Flores me lembram uma infância boa: interior de Minas; um ipê amarelo cresce junto ao muro do colégio.... Soninha, em nossos passeios, me fazia uma coroa - com linha e as pétalas amarelas enfileiradas. Eu, princesa, coroada por flores, andava pela cidade com meus longos cabelos a balançar.... Castelos inventados e um mundo de sonhos. Milhares de sonhos. Perfume, doce alegria, liberdade, crianças sorrindo...
Um dia... cortaram o ipê amarelo! – “fazia muita sujeira” – disseram homens sem sonhos.
Desde então, não tenho mais coroa e as pétalas não mais enfeitam meus cabelos. Mas ainda tenho sonhos bons e alma de criança. E, às vezes, ainda acordo sentindo o perfume da cidade, das flores, ouço Soninha rindo.... É, às vezes, ainda acordo princesa.


3 comentários:

Anônimo disse...

Nunca devemos perder a alma e a sensibilidade das crianças... Por mais que os outros tentem nos "podar", e " cortar nosso "ipê amarelo"
O Homem é fruto dos seus sonhos!!
Parabéns pelo texto, Dra!!!
Bjos
Daniel

Anônimo disse...

Fala Stellinha!!!! Saudad de falar contigo e inpirador teu texto, sinto falta das nossas divagações de madrugada!
E o discurso de formatura, quase pronto? Quero vê-lo, hein?!
Bjão amiga!

Ademir A. Bacca disse...

stella
vim conhecer teu espaço e gostei
voltarei mais vezes
grande abraço